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No meio da Avenida da Liberdade o protagonista foi o S. Jorge. O histórico cinema aguardava de forma expetante a chegada do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Sem grande aparato policial, mas cumprindo-se as normas de segurança habituais, o alarido vinha dos jornalistas e curiosos, que na escada do hall do S.Jorge ansiavam o momento de chegada do estimado Presidente.
Acompanhado por uma equipa de peso, como exigem os procedimentos formais, o Chefe de Estado chegou ao 4º Congresso dos Jornalistas. De braço dado com Ferro Rodrigues e também acompanhado pelo presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, Marcelo só largou o presidente da Assembleia da República, para, no seu jeito carismático, distribuir abraços e beijinhos.
A presidente do Congresso, Maria Flor Pedroso, recebeu Marcelo Rebelo de Sousa com cortesia e entusiasmo natural. Em tons descontraídos, apesar da formalidade, entraram no cinema sob a alçada de flashes e do típico burburinho de uma multidão que aspira registar os passos do Presidente. Acompanhado por alguns seguranças, mas sempre com uma razoavel distância, subiu a escada sob o olhar atento de toda a gente. “É o Marcelo!”, ouvia-se repetidamente.
Depois da célere recepção e já na escada, Marcelo deparou-se com a primeira fotografia da fotogaleria do Congresso. Com um olhar sereno analisou o trabalho, demorando o tempo necessário para absorver a informação. No piso de cima, onde a confusão se instalara, o 20º presidente de Portugal observou todas as peças fotográficas. Depois seguiu para a sala principal para se iniciar o Congresso. A plateia estava bem composta, com pessoas de todas as idades que vieram ao S.Jorge para afirmar o jornalismo.
O Presidente da República é o último a falar para deixar uma mensagem duradoura. Começou por mencionar Mário Soares e a sua importância para a liberdade e democracia. Continuou e reforçou que o Congresso “demorou tempo demais a chegar”. Utilizou a memória e relembrou que na década de 90, a perspetiva era de bonança com “manhãs sem nuvens no horizonte”. Porém, complementou a ideia, dizendo que a realidade hoje é de crise. Debateu o pós-verdade e a eterna mistificação dos problemas, e apelou aos atuais e futuros jornalistas que não desistam de lutar pela própria “independência”, pois será a causa de uma “democracia sólida e revitalizada”.
Um Presidente que trata por tu os jornalistas
No final da visita, Marcelo Rebelo de Sousa encaminhou-se para a sala onde se encontra a equipa de redação do Congresso. Esperavam ansiosamente dez alunos, que tinham preparada, cada um, uma questão para o Presidente da República. Cumprimentou-os um a um e sentou-se numa cadeira igual à de todos. Respondeu divertido e contou com Ferro Rodrigues ao lado. Para os aspirantes a jornalistas deixou mensagens fortes, disse que “não se pode confundir o essencial com o acessório”, incentivou-os a ler mais e destacou que “é preciso coragem para ser jornalista”.
Com o nome na ponta da língua cumprimentou uma jornalista da sua geração. Deu-lhe um abraço e trocaram algumas palavras, antes de se despedir e vestir o sobretudo. Esperemos também que o jornalismo vista os principios que o fundaram. Porque o frio neste ofício não só precarizou, como deixou alguns profissionais ao relento.
Na foto: Marcelo Rebelo de Sousa visita a redação do congresso. Rui Coutinho/ESCS